Bitcoin pode perder espaço para Grin?

Criptomoedas
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Estamos céticos sobre o mercado de criptomoedas! Agora surge nos bastidores o comentário de que bitcoin pode perder espaço para Grin.

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A criptomoeda Grin triplicou seu preço nos últimos dias e já é cotada a US$ 12. Após listagem em algumas exchanges mais conhecidas, sua cotação disparou enquanto o mercado de criptomoedas encontra-se estabilizado. Em destaque nas últimas semanas, a GRIN saiu de 0.001 BTC (US$ 3,50) e atualmente é negociada a 0.0035 BTC (US$ 12).

Isso pode ter acontecido devido ao volume de negociação que trouxe muita esperança. O projeto da Grin pode, na verdade, forçar o bitcoin perder espaço no âmbito das negociações no mercado das criptomoedas.

O que é Grin

Se falamos de que o Bitcoin pode perder espaço no mercado é importante conhecermos os motivos para tal. A Grin surgiu como uma tecnologia para derrubar muitas criptomoedas antigas. Mas, antes de tirarmos conclusões é importante saber o que esta criptomoeda é e trás para os intusiastas. Confira:

Grin é uma criptomoeda recente que teve sua rede principal lançada no dia 15 de janeiro de 2019. É um projeto de implementação do protocolo MimbleWimble, que foi sugerido por Tom Elvis Jedusor em agosto de 2016.

A ideia foi aprimorada pelo matemático Andrew Poelstra e lançada no Github por Ignotus Peverell. A partir daí o projeto começou a tomar forma e contribuidores por todo o mundo foram se juntando a equipe de desenvolvimento.

O curioso é que os nomes MimbleWimble, Tom Elvis Jedusor e Ignotus Peverell foram retirados da saga Harry Potter. Sendo MimbleWimble uma magia, Tom Elvis Jedusor, o nome francês de Voldemort; e Ignotus Peverell, um personagem da história.

O mais intrigante é que esses dois sujeitos são anônimos, Tom Elvis Jedusor inclusive sumiu após a publicação de sua ideia em agosto de 2016, criando um cenário semelhante ao mistério a cerca de Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin.

Bitcoin pode perder espaço porque a Grin não possui endereços

Não há endereços específicos para carteiras e esse é um dos motivos que as tornam anônimas. Você deve estar se perguntando como então os valores são enviados.

A comunicação entre o remetente e o destinatário precisam ser diretas e isso pode ser feito por meio de um link no e-mail, execução de um arquivo ou qualquer outro método que faça os dois lados se comunicarem diretamente.

Após a comunicação, a transação é enviada à rede e se tudo estiver correto a transação ocorre. Esse método permite transações offline, pois o arquivo da transação pode ser guardado e executado pelo segundo usuário quando ele tiver disponível.

No Bitcoin, o destinatário não interage com a transação, somente o remetente a joga na rede e os BTCs vão parar na carteira do destinatário sem que ele precise fazer nada.

Essa comunicação direta na MimbleWimble é o que permite o uso do fator de cegueira e da prova de conhecimento zero, pois a rede de mineradores só tem conhecimento da prova criptográfica (que só poderia ser emitida respeitando as regras) que foi estabelecida por quem envia e por quem recebe.

Escalabilidade

A estabilidade da Grin é sem dúvidas boa e isso permite-nos inferir de que a bitcoin pode perder seu espaço, confira:

Há outra implementação que ajuda na privacidade e que acaba dando como “bônus” escalabilidade e transações mais simples. Essa ideia visa mesclar transações de um mesmo bloco, permitindo que usuários façam uma espécie de ação conjunta para realizarem pagamentos.

Isso tende a tornar as transações mais simples, pois transforma muito trabalho desnecessário em uma só coisa, o que embaralha as transações ao mesmo tempo que as torna menores.

Essa característica anônima torna podas e simplificações na Blockchain muito mais simples.

Não há uma preocupação com o histórico e isso permite que blocos sejam simplificados enquanto garantem que novos valores não foram criados nem que os atuais foram fraudados.

Mineração de Grin

A Grin, assim como o Bitcoin, opta por prova de trabalho (PoW). No entanto o modelo é diferente. A criptomoeda utiliza uma prova de trabalho conhecida como Ciclo Cuco — um tipo de gráfico com inúmeras ligações das quais o minerador precisa encontrar uma que respeite os níveis de dificuldade.

Há mais de um algoritmo para a mineração no momento, com o intuito de dificultar a mineração para ASICs e evitando que grande parte da rede de mineração seja monopolizada devido a seu pequeno tamanho. No futuro, é esperado que essa resistência seja eliminada.

No momento a mineração é viável para CPUs, além do uso de várias GPUs não melhorar drasticamente a facilidade da mineração. Tais características tornam a rede de mineração menos centralizada, pois permite que participação de pequenos mineradores ainda seja lucrativa.

No entanto, grande parte dessa característica se dá pelo motivo do protocolo ser novo e de não haver grande especulação no meio. É esperado que melhores técnicas de mineração sejam desenvolvidas e que o ganho de performance em maiores equipamentos aconteça.

O minerador da Grin é recompensado com 60 grins por bloco e um bloco é minerado a cada 60 segundos.

Emissão de moeda “eterna”

Diferentemente do Bitcoin, não há um limite de mineração para a Grin. Os mineradores sempre irão receber 60 grins por bloco e cada bloco será minerado em um minuto. Ou seja, teremos 1 grin por segundo até que a rede deixe de existir.

Essa emissão linear fará a porcentagem de inflação cair com o passar do tempo. No momento foram minerados cerca de 500 mil grins e a porcentagem de inflação em 1 mês será gigantesca (em comparação com a quantidade atual).

Em 50 anos é estimado que a porcentagem caia a 2%, o que faria essa inflação ser irrelevante, pois se equiparia a quantidade de moedas perdidas anualmente pelos usuários.

A equipe opta por esse modelo devido inúmeros fatores. Um deles é a inexistência de exemplos práticos nos quais mineradores se mantêm na rede apenas pelas taxas de transações.

A Grin quer recompensar os mineradores para sempre, para que haja incentivo em continuarem participando da rede.

A equipe também acredita que essa inflação tende a tornar o preço mais estável, pois desestimula o acumulo e o surgimento de baleias no mercado.

Em pratica, tal modelo faria a Grin ser mais visada como “moeda” e não como reserva de valor, pois já existe o Bitcoin para isso e a Grin não vem como uma concorrente.

Outra alegação feita é a comparação com o Bitcoin que pode perder espaço por ter, no futuro desconhecido, 50% de suas moedas “perdidas” para sempre, sendo que não poderá emitir mais. A Grin também acredita que os preços serão mais naturais nesse modelo, além de não quererem criar uma criptomoeda com intuito de enriquecer os primeiros apoiadores.

Para a equipe, o problema da inflação está na sua forma desenfreada e na omissão, uma inflação controlada e transparente seria saudável em uma criptomoeda que se visa como moeda de troca.

A longuíssimo prazo Grin tende a se comportar como reserva de valor, pois a porcentagem de inflação será baixíssima.

Devido a essa eterna recompensa, a Grin não vê necessidade prática no pagamento de taxas por transação, usando isso apenas para evitar Spam. Esse modelo torna as taxas baixíssimas, mas não poderei dar números exatos devido à falta de exemplos práticos na recente rede.

A Grin possui uma implementação em mente chamada de ativos confidenciais. Essa melhoria permite que a ela crie outros tipos de moedas dentro do seu sistema por meio de um soft fork, o que seria uma solução caso sua política monetária se mostrasse desastrosa no futuro.

Esse novo ativo funcionaria enquanto as moedas originais continuariam rodando no sistema sem a necessidade de serem “excluídas”.

Como usar a criptomoeda

Infelizmente o uso acaba se tornando inviável para usuários comuns e até para intermediários. É necessário o uso de uma máquina com o sistema operacional Linux ou MacOS. Ainda há a necessidade de instalação de um full node.

Após todo o processo é preciso usar uma interface de texto complicada que exige linhas de comando até para fazer transações. Existe uma adaptação para uma versão gráfica, mas também é necessário o uso de linhas de comando para programar isso.

A mineração também exige o uso de Linux ou Mac, na página do Github tem mais informações a respeito. No momento não existe nenhuma Exchange convencional que esteja negociando a moeda. É valido lembrar que a rede principal entrou em funcionamento no dia 15 de janeiro desse ano.

Concluindo…

Tudo que se disse aqui nos mostra claramente de que a Grin é uma cripptomoeda proeminente. A bitcoin pode perder seu espaço de comercialização no mercado, até porque muitos estão em busca de uma bitcoin 2.0.

Existem especulações de que o atual bitcoin está em várias situações de colapso no mercado e a introdução da Grin no mercado só pode trazer novos movimentos. No entanto, esse movimento não nos leva a crer que realmente o nosso bitcoin pode perder seu espaço como a criptomoeda mãe e de muita captalização nos mercados.

Adaptado de Portal de Bitcoin

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