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Espírito Santo é manifestado como uma Pessoa

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É indispensável, primeiramente, estabelecer este aspecto verdadeiro, de maneira que, depois, possa ser mostrado que essa Pessoa é divina e da mesma substância que o Pai e o Filho. Aqueles que negam a divindade do Espírito Santo, invariavelmente, negam Sua existência pessoal distinta.

Quando o Senhor estava prestes a deixar Seus discípulos, Ele lhes prometeu: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade” (João 14.16-17). O “Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14.26). “Ele testificará de mim” (João 15.26). “Eu vo-lo enviarei” (João 16.7).

“Ele vos guiará em toda a verdade… e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar” (João 16.13-14).

O próprio Senhor Jesus Cristo era uma Pessoa, e é claro que o “outro Consolador” também seria uma. As coisas que Jesus fala a respeito desse Consolador seria um tanto ininteligíveis se Este não fosse uma Pessoa. Ele deve ser uma Pessoa, pois é enviado, pois ensina, pois traz coisas à nossa lembrança e nos mostra as coisas relativas a Jesus. Estas são descrições das ações de uma Pessoa – ouvindo, recebendo, testificando, falando, reprovando, instruindo e guiando.

Testemunhos das epístolas de Paulo

Paulo nos fala que “… o Espírito ajuda as nossas fraquezas… [e] intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8.26). Isto só é verdadeiro quando se fala de uma Pessoa que ajuda e intercede. “Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência… Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Coríntios 12.8-11).

É inaceitável que um escritor inspirado usasse esse caráter de linguagem, atribuindo todas essas operações ao Espírito, se tal Espírito não fosse uma pessoa. Mais uma vez, o apóstolo admoesta-nos que não entristeçamos o Espírito de Deus. Tristeza não é um sentimento que possa ser atribuído a alguma coisa além de a uma pessoa. Portanto, o Espírito Santo é uma Pessoa, e isso é claramente definido pelas Santas Escrituras.

A consideração daquelas Escrituras que nomeiam o Espírito Santo conjuntamente com o Pai e o Filho conduzem à mesma conclusão. O mandamento é dado para que se batize no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O Pai e o Filho são Pessoas e o mesmo é verdade para o Espírito Santo. O Senhor Jesus não ordenou a Seus discípulos que batizassem no nome de duas Pessoas e de uma influência abstrata. A bênção inspirada – “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós” (2 Coríntios 13.14) – torna igualmente claro que tanto o Pai é uma Pessoa como o são o Filho e o Espírito Santo.

O Espírito Santo é uma Pessoa divina: “verdadeiro e eterno Deus” Aqui, novamente, o presente breve artigo não pretende uma prova profunda e exaustiva, mas estabelece exemplos de evidência a partir do tesouro da verdade divina. Em Juízes 15.14, lemos: “o Espírito do SENHOR poderosamente se apossou” de Sansão; porém, em Juízes 16.20, depois que Sansão havia se rendido a Dalila, lemos: “o SENHOR se tinha retirado dele”. Portanto, “o Espírito do Senhor” é o Senhor Jeová, o Deus eterno. Em 2 Samuel 23.2-3, Davi afirmou “O Espírito do SENHOR falou por mim… disse o Deus de Israel…”, o que deixa claro que o Espírito Santo é o Deus de Israel. Em Jó 33.4, Eliú diz: “O Espírito de Deus me fez”, mas Deus é Quem fez todas as coisas; portanto, o Espírito é Deus.

No Salmo 139.7, o salmista escreve: “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?” As palavras seguintes estabelecem a onipresença e, portanto, a deidade, do Espírito Santo. Em Isaías 6.5-9, o profeta diz: “… os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos… Depois disto ouvi a voz do Senhor… Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis…” O apóstolo Paulo cita essas palavras em Atos 28.25-26: “Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías, dizendo: Vai a este povo, e dize: De ouvido ouvireis…” A Pessoa a Quem Isaías chama de Rei, o SENHOR dos Exércitos não é outro senão o Espírito Santo.

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