Penicilinas: tipos e aplicações farmacológicas

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As penicilinas têm atividade sobre muitas bactérias, tanto gram-positivas como gram-negativas. Porém, cada vez mais encontram-se bactérias que desenvolvem resistência as penicilinas.

Fórmula química geral das penicilinas
Figura 1. Estrutura química da penicilina

Atenção: Qualquer medicamento apresentado no site augustobene.com não deve ser tomado sem o devido acompanhamento médico ou farmacêutico. As informações aqui presentes são meramente informativas.

Efeitos secundários das penicilinas

Podem desencadear reacções de hipersensibilidade que podem ir desde erupções cutâneas, prurido, febre. Raramente ocorrem náuseas, vómitos, diarreia, epigastralgia (dor no abdómen superior).

A administração de penicilina a uma pessoa alérgica pode produzir um choque anafiláctico (reacção alérgica grave). Portanto, é necessário perguntar sempre ao paciente por possíveis alergias antes de administrar a penicilina.

Pode produzir uma reacção chamada de reacção de Jarish-Herxheimer (febre, mal-estar, anemia, dores articulares e musculares, queda da tensão arterial) principalmente quando usada no tratamento da sífilis.

A principal contra-indicação das penicilinas no geral são as hipersensibilidades à penicilina.

As penicilinas mais utilizadas pelo Sistema Nacional de Saúde em Moçambique são as seguintes:

Fenoximetilpenicilina (Penicilina V)

Existe em forma de comprimidos e suspensão oral, para administração por via oral. Suas indicações incluem tratamento de infecções leves por bactérias sensíveis (faringites, amigdalites, sinusites, otite média).

Doses e dosagem: Adultos: 500mg de 6 em 6 horas. Notas e precauções: absorção intestinal irregular, não sendo prudente usar em infecções graves (infecções meningocócicas ou gonocócicas).

Penicilina benzatínica

Forma farmacêtica e via de administração são injectável, ampolas com 1.200.000 ou 2.400.000 UI (Unidades Internacionais), por via intramuscular profunda.

É indicada como fármaco de 1ª linha no tratamento da sífilis; profilaxia de infecções estreptocócicas, principalmente febre reumática e infecções pós-cirúrgicas em doentes com doenças das válvulas do coração.

As doses e dosagem dependem do objetivo do tratamento. Assim sendo, na sífilis, a dose é de 2.400.000 Unidades Internacionais (UI) por semana, de 1 a 3 semanas; na profilaxia das infecções estreptocócicas: mais de 30 Kg – 1.200.000 UI; menos de 30 kg – 600.000 UI.

As precauções a serem tomadas está relacionada a dose e região a ser aplicada. Ou por outra, é de preferência que a dose total seja dividida para administração intramuscular na região glútea esquerda e direita.

Penicilina G, sódica (Penicilina cristalizada)

Existente em formulação injectável, frasco com 10.000.000 UI, administrável por via endovenosa. É indicada para o tratamento de infecções graves por cocos gram positivos e gram negativos e bacilos gram positivos sensíveis (meningites, pneumonias); bactérias anaeróbicas como clostridium, espiroquetas (treponema pallidum).

A dosagem em adultos é de 500.000-1.000.000 UI de 6 em 6 horas (4 tomas diárias) podendo aumentar até um máximo de 24 milhões de UI por dia (dose de meningite).

Ao administrar a penicilina cristalizada existe risco de hipersensibilidade cruzada com cefalosporinas. Devido ao teor de sódio da penicilina, controlar os electrólitos e função cardíaca, sobretudo em doentes com retenção hidrosalina.

Penicilina procaína

Também é medicamento administrada por via intramuscular profunda e existente em foma de ampolas de 3.000.000 UI. No geral, tem as mesmas indicações que a penicilina G mas em situações menos graves e que não requeiram tratamento muito agressivo.

Útil, também na pneumonia pneumocócica e infecções do ouvido, faringe. Sendo que as suas dosagens em maiores de 12 anos pode variar de 600.000 a 1.200.000 UI/dia ou de 12 em 12 horas.

Nunca injetar a penicilina procaína por via endovenosa ou no sistema circulatório diretamente.

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