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Paracetamol serve para quê? Doses, interações e reações adversar

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Paracetamol serve para tratamento da dor de intensidade ligeira a moderada, febre. Este medicamento pode ser encontrado em forma de comprimidos (500 mg ou mais) e em solução oral de 200 mg/mL (geralmente para crianças).

Como tomar paracetamol?

Leia sobre as dicas do tratamento da dor.

Contraindicações

Precauções

Usar com cuidado nos casos de:

O paracetamol tem pouco ou nenhum efeito anti-inflamatório ou antirreumático.

Efeitos adversos

O paracetamol é, em geral, muito bem tolerado. Raramente podem ocorrer reacções cutâneas de hipersensibilidade, neutropenia e trombocitopenia. A administração prolongada pode levar a nefro ou hepatotoxicidade. Doses elevadas podem provocar necrose hepática, renal e pancreatite potencialmente fatais que podem surgir tardiamente (3-4 dias mais tarde).

Outras reações podem incluir:

Interações do paracetamol com outros medicamentos

Qual é o mecanismo de ação do paracetamol?

veja a estrutura química do paracetamol para serve para quê

Existem pelo menos dois mecanismos de ação possíveis:

Prostaglandina H sintetase

A via da cicloxigenase (COX) leva à formação de mediadores envolvidos na inflamação, febre, agregação plaquetária e proteção da mucosa do trato gastrointestinal.

Nesta via, a enzima prostaglandina H sintetase (PGHS, ou COX) promove a transformação do ácido araquidónico em PGG2, pela COX, e posteriormente em PGH2, pela POX.

O paracetamol, devido à sua capacidade redutora, intervém no metabolismo de um substrato importante desta enzima, levando à diminuição da sua ação.

Apesar de atuar ao nível da COX, o paracetamol difere dos restantes AINEs (antiinflamatórios não esteroidais, como diclofenaco), na medida em que a sua ação verifica-se predominantemente a nível do SNC (sistema nervoso central), sendo a sua ação periférica insignificante.

Para além disso, não apresenta efeitos anti-inflamatórios nem inibe o tromboxano A2. Estas diferenças justificam-se pelo facto de o paracetamol atuar com maior eficácia em ambientes com baixos níveis de peróxidos e de ácido araquidónico.

Contudo, é bem provável que o paracetamol iniba uma variante da enzima COX, que é diferente das variantes COX-1 e COX-2, denominada agora de Cox-3. No entanto, esta associação apenas foi verificada em cães e não em ratos ou humanos, sendo improvável a sua influência na dor e febre mediada pelas prostaglandinas.

Receptores canabióides

No cérebro, o paracetamol pode conjugar-se com o ácido araquidónico, através de uma enzima hidrolase, originando um composto denominado 4-araquidonoilfenolamina (AM404).

Este composto não atua diretamente nos receptores canabinóides pois tem uma baixa afinidade para eles mas, através de uma ação indireta, leva ao aumento da concentração de canabinóides endógenos e à diminuição de anandamida que levaria à ativação de nociceptores.

Aspectos farmacocinéticos

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