Fase de exposição ao toxicante

antidoto e fase de exposição ao toxicante

A fase de exposição ao toxicante é a principal de todas, pois é o começo da acção toxicológica. Desde o momento em que o agente químico entra em contacto com o agente biológico, até o momento em que a intoxicação é visualizada através dos sinais e sintomas clínicos, ocorrem uma serie de etapas metabólicas que compõem a chamada Fases da Intoxicação que são quatro:

  • Fase de Exposição ao toxicante,
  • Fase Toxicocinética
  • Fase Toxicodinâmica
  • Fase Clínica

É essencial lembrar que mais do que a dose administrada, a resposta é função da concentração do AT que interage com o receptor biológico; e que, a concentração do AT no sítio de ação é dependente das duas primeiras fases da intoxicação.

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Fase de Exposição ao toxicante

Exposição é a medida do contato entre o AT e a superfície corpórea do organismo e sua intensidade depende de fatores, tais como:

– Via ou local de exposição

As principais vias de exposição, através das quais os AT são introduzidos no organismo são: via gastrintestinal (ingestão), via pulmonar (inalação), via cutânea (contato).

Embora não tão importante para a Toxicologia como estas três, existe também a via parenteral. A via de introdução influi tanto na potência quanto na velocidade de aparecimento do efeito tóxico. A ordem decrescente de eficiência destas vias é: via endovenosa > pulmonar > intraperitoneal > sub-cutânea > intra muscular > intra-dérmica > oral, cutânea.

Estas vias ganham maior ou menor importância, de acordo com a área da Toxicologia em estudo. Assim, a via pulmonar e a cutânea são as mais importantes na Toxicologia Ambiental e Ocupacional, a via gastrointestinal na Toxicologia de Alimentos, de Medicamentos, em casos de suicídios e homicídios, e a via parenteral tem certa importância na Toxicologia Social e de Medicamentos (Farmacotoxicologia).

– Duração e frequência da exposição

A duração de uma exposição é importante na determinação do efeito tóxico, assim como na intensidade destes. Geralmente a exposição pode ser classificada, quanto à duração em:

  • exposição aguda: exposição única ou múltipla que ocorra em um período máximo de 24 horas
  • exposição sub-aguda: aquela que ocorre durante algumas semanas (1 mês ou mais)
  • exposição sub-crônica: aquela que ocorre durante alguns meses (geralmente por 3 meses)
  • exposição crônica: ocorre durante toda a vida.

Quanto à freqüência da exposição observa-se que, geralmente, doses ou concentrações fracionadas podem reduzir o efeito tóxico, caso a duração da exposição não seja aumentada. Assim, uma dose única de um agente que produz efeito imediato e severo, poderá produzir menos do que a metade ou nenhum efeito, quando dividida em duas ou mais doses, administradas durante um período de várias horas ou dias. No entanto, é importante ressaltar que a redução do efeito provocado pelo aumento de freqüência (ou seja, do fracionamento da dose) só ocorrerá quando:

  • a velocidade de eliminação é maior do que a de absorção, de modo que os processos de biotransformação e/ou excreção ocorram no espaço entre duas exposições;e
  • o efeito tóxico pela substância é parcial ou totalmente revertido antes da exposição seguinte.

Se nenhuma destas situações ocorrerem, o aumento de freqüência resultará em efeitos tóxicos crônicos.

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