Anemia em pessoas que vivem com HIV

Saúde
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A anemia em pessoas que vivem com HIV acontece com frequência e isso pode prejudicar a qualidade de vida das mesmas. As causas dessa ocorrência são incumbidas ao alto metabolismo que o HIV causa, a alguns medicamentos para tratar o HIV e também a uma alimentação inaquada.

Sobre os aspectos nutricionais em pacientes portadores do HIV, o Relatório da Situação de HIV/SIDA e Nutrição em Moçambique (2008) afirma que:

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“(…) A situação nutricionalindividual de pessoas vivendo com HIV/SIDA é afectada devido a maiores necessidades de energia para lutar contra infecções oportunistas e contra o vírus do HIV.

Uma boa nutrição ajuda a adiar e reduzir a vulnerabilidade ao impacto das infecções. Pessoas vivendo com HIV/SIDA têm de manter uma dieta adequada tanto em quantidade como em qualidade para fortalecer o sistema imunitário e lutar contra infecções oportunistas.

Em particular, as pessoas que tomam medicamentos para infecções oportunistas ou as que estão a fazer tratamento anti-retroviral necessitam de uma dieta que assegure adequado consumo quer de calorias quer de nutrientes (…).

De acordo com os estudos científicos actuais, o efeito do HIV na situação nutricional começa cedo no decurso da doença, mesmo antes da pessoa ter consciência de estar infectada com o vírus. O HIV afecta a situação nutricional ao provocar reduções no consumo dietético, má absorção de nutrientes e alterações metabólicas que culminam com a perda de peso e emagrecimento, ambas comuns em pacientes de SIDA (…).”

Avaliação da anemia em pessoas que vivem com HIV

A avaliação da anemia em pessoas que vivem com HIV é feita de igual modo que avaliação nutricional de uma pessoas sem o HIV. Existem vários parâmetros para avaliação do estado nutricional em seres humanos, mas se tem usado mais o índice de massa corporal (IMC).

Este indicador apesar da sua facilidade de uso, fácil determinação, baixo custo e alta reprodutibilidade, ele não distingue a massa gordurosa da proteica, dificultando assim a avaliação nutricional mais correcta, isto é em todas as situações, quer para alguém obeso ou para uma pessoa musculosa.

O CDC (Centro de Controlo de Doenças dos Estados Unidos) tem apurado o uso deste indicador a partir de crianças de 2 anos de idade, apesar de haver parâmetros que podem contribuir em um falso IMC como o tamanho da cabeça e a proporção dorso/pernas.

O que comer para reduzir o risco de ficar com anemia

Na verdade, não é necessário fazer uma dieta muito especializada após o diagnóstico de HIV. No entanto, é importante ter um cuidado especial com o seu sistema imunológico.

Como o HIV afeta o sistema de defesa do organismo, a pessoa fica mais propensa a desenvolver todos os tipos de infecção. Isso faz com que o corpo gaste muito mais calorias para tentar combater todos os problemas que surgirem.

Também é importante que sua dieta possa reduzir o sobrepeso, caso você o tenha, pois isso afeta a eficiência com que o seu sistema imunológico combate a doença.

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Frutas e vegetais

O primeiro grupo que deve estar na dieta diária de pessoas com HIV é o das frutas e dos vegetais. Eles contêm oxidantes que fortalecem o sistema imunológico.

Idealmente, você deve consumir cerca de sete porções de frutas e vegetais por dia. As frutas podem ser consumidas entre as refeições e os vegetais nas refeições principais.

Sempre que possível, tente comer as frutas e os vegetais mais saudáveis. E, caso não possa adquirir opções orgânicas, pelo menos evite os congelados. Dessa forma, você vai obter os nutrientes de melhor qualidade.

Monitore seu consumo de calorias

Como mencionamos antes, seu corpo gastará mais energia para combater as infecções e se manter saudável. Por isso, pessoas com HIV devem ter um consumo adequado de calorias.

Isso significa que você deve evitar excessos para não ganhar peso, mas sempre deve se manter com um peso adequado. Nesse sentido, a quantidade de calorias vai depender da sua condição atual:

  • 17 calorias a cada 500 gramas se estiver no peso correto.
  • 20 calorias a cada 500 gramas se estiver combatendo uma infecção.
  • 25 calorias a cada 500 gramas se estiver perdendo peso.

Se tiver dúvidas sobre a quantidade de calorias, consulte um nutricionista. Ele poderá passar todas as informações que você precisa. O ideal seria fazer um acompanhamento recorrente para criar uma dieta para pessoas com HIV de acordo com o avanço da doença e com as condições do seu corpo.

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Proteína

Outro elemento essencial na dieta de pessoas com o vírus do HIV são as proteínas de boa qualidade. Elas ajudam os músculos a se formarem, mantêm os órgãos internos em bom estado e fortalecem do sistema imunológico.

O ideal é consumir:

  • 100 a 150 gramas de proteína por dia para homens.
  • 80 a 100 gramas de proteína para mulheres.

No entanto, se estiver sofrendo com outros problemas, sua quantidade pode variar.

Os melhores tipos de proteína são os animais: cortes magros de carne de porco e vitela, peito de frango e pedaços sem pele, peixe e laticínios com baixo teor de gordura.

Vitaminas e minerais

Por último, a dieta para pessoas com HIV deve conter uma quantidade suficiente de vitaminas e minerais para que elas se fortaleçam. É muito comum o dano celular em portadores do vírus, por isso, você deve consumir o máximo de nutrientes para manter suas células saudáveis.

O básico a incluir:

  • Vitamina A. Vegetais folhosos verdes e legumes amarelos, leite e ovos.
  • Vitamina B. Frango, peixe, nozes, abacate e brócolis.
  • Vitamina C. Frutas cítricas.
  • Vitamina E. Óleos vegetais e amendoim.
  • Selênio. Creme de amendoim, grãos integrais e oleaginosas.
  • Zinco. Carnes magras, laticínios e feijão.
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