Ícone do site Augusto Bene

Insuficiência respiratória: tipos, causas, sintomas e tratamento

insuficiência respiratória

A insuficiência respiratória (IR) é uma condição clínica na qual o sistema respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) dentro dos limites da normalidade, para determinada demanda metabólica.

No entanto a frequência geral da insuficiência respiratória não é bem conhecida, pois ela é considerada uma síndrome e não um único processo de doença.

Como a definição de IR está relacionada à incapacidade do sistema respiratório em manter níveis adequados de oxigenação e do gás carbônico, foram estabelecidos, para sua caracterização, os seguintes parâmetros da pressão destes gases:

Tipos

A insuficiência respiratória pode ser classificada quanto à velocidade de instalação, em aguda e crônica. Na insuficiência respiratória aguda, há rápida deterioração da função respiratória que leva ao surgimento de manifestações clínicas mais intensas; sendo, portanto, comum as alterações do equilíbrio ácido-base, como a alcalose ou acidose respiratória.

A insuficiência respiratória aguda pode ser uma emergência com risco de vida.

Quando as alterações das trocas gasosas se instalam de maneira progressiva ao longo de meses ou anos, estaremos diante de casos de insuficiência respiratória crônica.

Nessas situações, as manifestações clínicas podem ser mais sutis e as alterações dos gases do equilíbrio ácido-base são ausentes. Exemplos de tal condição são a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) avançada (veja Bronquite crônica).

Vale salientar que quadros de IR aguda podem instalar-se tanto em indivíduos previamente sadios como, também, sobrepor-se em pacientes com processos de longa data. Nessa última situação, o uso do termo IR crônica agudizada é aceitável.

Além desse tipo de classificação, a insuficiência respiratória pode ser classificada de acordo com as anormalidades dos gases que circulam no sangue. Por exemplo, a insuficiência respiratória do tipo 1 (hipoxêmica) apresenta valores de PaO2 < 60 mmHg, enquanto o PaCO2 pode permanecer normal. Nesse tipo de IR, as trocas gasosas são prejudicadas ao nível da membrana alvéolo-capilar. Exemplos de falhas respiratórias do tipo 1 são edema pulmonar e pneumonia grave.

Por outro lado, a insuficiência respiratória do tipo 2 (hipercápnica) apresenta valores de PaCO2 > 50 mmHg. A hipoxemia também pode ocorrer devido a falha da “bomba” respiratória.

Causas da insuficiência respiratória

Respirar pode parecer um ato simples, mas o processo fisiológico é muito complexo e envolve muitos órgãos, incluindo coração e pulmão (saiba mais sobre a respiração) . Portanto, se houver algum problema com qualquer um destes órgãos, existem possibilidades de se desenvolver IR.

Aqui estão as causas mais frequentes da insuficiência respiratória:

A IR aguda é mais comum em lesões no cérebro, tórax ou pulmões. Além disso, asfixia, afogamento ou ser atingido no peito podem levar a IR. Uma doença súbita e séria que afeta a respiração, como a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), também pode desencadear a doença.

Fatores de risco

Os fatores de risco para desenvolver IR são:

Sintomas da insuficiência respiratória

Os sintomas de insuficiência respiratória dependem de sua causa, dos níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e se a insuficiência respiratória se desenvolveu lentamente ao longo do tempo ou subitamente. Os sintomas podem começar levemente, com falta de ar ou respiração rápida, que podem piorar com o tempo. A seguir listamos os possíveis sintomas da IR.

Baixos níveis de oxigênio no sangue podem causar:

Níveis elevados de dióxido de carbono no sangue podem causar:

É possível desenvolver-se os dois tipos de sintomas, de baixo oxigênio e alto dióxido de carbono ao mesmo tempo.

Algumas pessoas com IR ficam extremamente sonolentas ou perdem a consciência se o cérebro não receber oxigênio suficiente ou se os níveis de dióxido de carbono estiverem muito altos.

Os sintomas de insuficiência respiratória em recém-nascidos incluem respiração rápida, grunhidos, alargamento das narinas a cada respiração, tom azulado na pele e nos lábios do bebê e um puxão para dentro dos músculos entre as costelas durante a respiração.

A IR pode causar danos aos pulmões e outros órgãos, por isso é importante ser tratado rapidamente.

Tratamento

O tratamento da insuficiência respiratória deve ser individualizado, em função das causas desencadeantes e dos mecanismos fisiopatológicos, envolvidos. Broncodilatadores, corticosteróides, diuréticos, antibióticos e procedimentos cirúrgicos poderão ser de maior ou menor valia, em função das condições de base. Apesar disso, alguns princípios gerais se aplicam à maioria dos casos.

Oxigenoterapia

Existem diferentes maneiras de obter oxigênio para os pulmões, dependendo da gravidade da insuficiência respiratória, por exemplo:

Outros tratamentos

Se for necessário permanecer no hospital por um determinado tempo, pode-se precisar de tratamentos para evitar ou gerenciar outras condições ou complicações, tais como:

Sair da versão mobile