A epistemologia trata de esclarecer no que consiste o conhecimento científico e, podemos pensar em uma ciência concreta, quais são os aspectos específicos da mesma como tal ou que perspectivas (modelos, enfoque, paradigmas, entre outros).
Assim como é uma árvore genealógica, podemos pensar que a epistemologia se assemelha podendo ser a árvore genealócica da própria ciência. Neste sentido, podemos situar, através da epistemologia, cada conceito em sua família e estabelecer com clareza as conexões com o resto.
O queremos dizer quié que para nos situar no contexto científico precisaremos da epistemologia. Isto, significa que se quisermos formular um novo conhecimento científico a epistemologia ira nos dar o suporte.
Muitos preferem rejeitar a epistemologia, porém sem a epistemologia é praticamente impossível conhecer toda a árvore genealógica que poderá dar suporte ao nosso novo conhecimento. É como viajarmos para um lugar sem que conheçamos o nome ou mesmo as características do lugar que pretendemos chegar; chegar lá é possível, mas ficaremos nalgumas vezes perplexos por passarmos por lugares que não tenhamos nenhum tipo de informação a respeito.
Compreendendo melhor
Imagina que alguém te dê um presente, talvez, de um carro eletrônico e sem catálogo do automóvel para conhecer na essência o mesmo! Até poderia saber guiá-lo, mas andar usufruindo de cada qualidade do automóvel é uma outra coisa.
Assim, a epistemologia faz com que o pesquisador conheça no seu todo o automóvel; e permite que ele o guie sabendo na essência o que está guiando. Sendo importante para que a prática da pesquisa seja mais proveitosa.
A pesquisa exige saber que método utilizar do que quero analisar, qual a concepção da realidade estudada conecta com dito método e, sobretudo, porquê. Forçosamente somos inseridos em uma tradição científica em que nossa pesquisa tenha seu próprio lugar.
Assim, será necessário construir o que nós habitualmente chamamos de marco teórico, abrangindo os principais conceitos e problemas; olhando também para as semelhanças, diferenças e relações, permitindo ao pesquisador se manter situado a respeito da pesquisa a ser feita e assim ampliar a informação e aprofundar mais.
O que é um paradigma? diferenciando a epistemologia….
O Homem está dia após dia da sua existência a criar situações e nalgumas vezes ele tem dúvidas e começa a fazer perguntas, o que significa que se respondêssemos a todas as perguntas desordenadamente ficaríamos loucos; de modo que há a necessidade de olharmos em informações selecionadas que se podem manejar e ordenar para poder compreender melhor como as coisas acontecem.
Um paradigma ou modelo científico nos serve como filtro para a compreensão. Sendo assim, um paradigma nasce como pretenção para responder as perguntas que giram em torno de uma determinada questão.
Temos um motivo mais amplo para pautarmos a necessidade de se fazer uma pesquisa científica. Porque assim como é tirar a fotografia de algum lugar estariamos apenas a ver uma foto de apenas uma parte do lugar e não de todo o lugar.
Daí haver necessidade de se tratar daquela mesma pesquisa olhando e sabendo que a fotografia foi tirada por um autor que lhe interessou aquela posição do lugar. E, quando um outro autor vai tirar a fotografia do mesmo lugar poderemos notar diferenças nas fotos daquele mesmo lugar…é nesse ponto que nos mantemos para continuar com a pesquisa.
É este ponto que nos faz ter vários modelos de pesquisa que também irá servir para encontrar um modelo que possa saber explorar melhor e com maior abragência a pesquisa das questões levantadas.
Como podemos compreender poderemos usar modelos de pesquisa diferentes e até termos perguntas de pesquisa aparentemente semelhante, mas elas sempre serão diferentes porque os pesquisadores são diferentes. Apenas o que poderá ser semelhante é o objecto de pesquisa e para que deseja ter uma pesquisa mais técnica ou apenas aquisição de um pensamento criativo teremos que escolher um modelo que se ajuste ao modelo escolhido.
Conceito do paradigma descumplicado
Como diz Thomas Kuhn (1975) “um paradigma é o que os membros de uma comunidade científica compartilham e, reciprocamente, uma comunidade científica consiste em homens que compartilharm um paradigma”.
Assim, Kuhn explicou que a comunidade científica compartilha dois tipos de problemas:
- os resolvidos e que constituem a ciência normal
- os que não estão resolvidos e carecem de ser pesquisadas (problemas-enigmas).
No que se refere a ciência natural ela estabelece as bases teóricas dos conhecimentos compartilhados por uma comunidade; enquanto que o problema-enigma iria ampliar tais conhecimentos.
Quando não haver ampliação do conhecimento referido haverá a necessidade do paradigma ser substituído pelo outro! Isso também permite que haja revoluções científicas.
Uma coisa que não devemos deixar de lado é que as tais mudanças não fazem com que a ciência avance de forma permanente ou linear, mas sim aos saltos; e outra questão é que a mudança na forma de se pesquisar o problema-enigma também muda-se toda base teórica que sustentava o enigma.
Isto quer dizer se um paradigma não funciona, ele é substituido por um outro que explique melhor a situação. Porém, essa substituição pode não fazer desaparecer por completo o paradigma anterior por uma simples razão:
todos os paradigmas estão a tratar de resolver o mesmo problema.