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Câncer de pâncreas: sintomas, causas e tratamento

Câncer de pâncreas

O câncer de pâncreas ocorre dentro dos tecidos do pâncreas, um órgão endócrino (produz hormônio) vital localizado atrás do estômago. O pâncreas desempenha um papel essencial na digestão, produzindo insulina que o corpo utiliza para digerir gorduras, carboidratos e proteínas.

Vários tipos de tumores podem ocorrer no pâncreas, incluindo tumores cancerígenos e não cancerosos. O tipo mais comum de câncer que se forma no pâncreas começa nas células que revestem os dutos (pequenos tubos) que transportam enzimas digestivas para fora dele. Esse tipo de câncer pode ser chamado também de adenocarcinoma ductal pancreático.

O câncer de pâncreas raramente é detectado em seus estágios iniciais, quando é mais curável. Geralmente isso ocorre porque este mal não causa sintomas antes de se espalhar para outros órgãos.

As opções de tratamento do câncer de pâncreas são escolhidas com base na extensão do câncer. Ou seja, as opções podem incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação destes.

O tumor de pâncreas é a sétima principal causa de mortes relacionadas ao câncer em todo o mundo. Esses números são mais alto nos países mais desenvolvidos. As razões para grandes diferenças nas taxas de mortalidade ainda não estão completamente esclarecidas, mas podem ser devido à falta de diagnóstico, tratamento e catalogação adequados.

Como os pacientes raramente apresentam sintomas até uma fase avançada da doença, o câncer de pâncreas continua sendo uma das neoplasias malignas mais letais que causaram 432.242 novas mortes em 2018.

Globalmente, 458.918 novos casos de câncer de pâncreas foram relatados em 2018 e estima-se que 355.317 novos casos ocorram até 2040. Por outro lado, apesar dos avanços na detecção e tratamento do câncer de pâncreas, a taxa de sobrevida em 5 anos ainda é de apenas 9%.

Sintomas do câncer de pâncreas

O câncer de pâncreas geralmente não apresenta sintomas até atingir os estágios avançados da doença. Por esse motivo, normalmente não há sinais precoces de câncer de pâncreas.

Mesmo depois que o câncer cresce, alguns dos sintomas mais comuns podem ser sutis. Eles incluem:

O câncer de pâncreas que se espalha pode piorar os sintomas pré-existentes. No entanto, se o câncer se espalhar, o individuo enfermo poderá experimentar sinais e sintomas adicionais de câncer de pâncreas avançado.

Antes de avançarmos para as causas, gostaríamos de explicar o que é pâncreas e qual é o seu papel na digestão.

Pâncreas e seu papel na digestão

O pâncreas é um órgão de 6 a 8 polegadas de comprimento. Estende-se horizontalmente através do abdômen. Entretanto, a maior parte fica no lado direito do abdômen, onde o estômago se liga à primeira parte do intestino delgado, o duodeno.

como ocorre o tumor de pâncreas?

Nesse ponto, o alimento parcialmente digerido passa do estômago para o intestino delgado e se mistura com as secreções do pâncreas.

Cerca de 95% do pâncreas é tecido exócrino. Produz enzimas pancreáticas para ajudar na digestão. Um pâncreas saudável produz cerca de 2,2 litros (1 litro) dessas enzimas todos os dias.

Os 5% restantes compreendem centenas de milhares de células endócrinas conhecidas como ilhotas de Langerhans. Esses aglomerados de células semelhantes a uva produzem hormônios importantes que regulam as secreções pancreáticas e controlam o açúcar no sangue.

Função

Os tecidos exócrinos secretam um suco alcalino claro, aquoso e que contém várias enzimas. Estes decompõem os alimentos em pequenas moléculas que podem ser absorvidas pelos intestinos. As enzimas incluem:

A porção endócrina, ou ilhotas de Langerhans, secretam insulina e outros hormônios. Contudo, as células beta pancreáticas liberam insulina quando os níveis de açúcar no sangue aumentam.

Funções da insulina

Glucagon

Quando o açúcar no sangue cai, as células alfa pancreáticas liberam o hormônio glucagon. Por sua vez, o glucagon faz com que o glicogênio seja decomposto em glicose no fígado. A glicose entra na corrente sanguínea, restaurando os níveis de açúcar no sangue ao normal.

Causas do câncer do pâncreas

Até o momento, as causas do carcinoma do pâncreas ainda são pouco conhecidas, embora alguns fatores de risco tenham sido identificados, como tabagismo, diabetes mellitus, obesidade, fatores alimentares, abuso de álcool, idade, etnia, história familiar e fatores genéticos, infecção por Helicobacter pylori, grupo sanguíneo não-O e pancreatite crônica.

Como se forma o carcinoma de pâncreas

O tumor de pâncreas ocorre quando as células do pâncreas desenvolvem alterações (mutações) no DNA. Entretanto, essas mutações dão informações às células de tal modo que crescem incontrolavelmente e continuam vivendo depois que as células normais morrem.

Essas células “alteradas” acumuladas podem formar um tumor. Quando deixadas sem tratamento, as células cancerígenas do pâncreas podem se espalhar para órgãos e vasos sanguíneos próximos e para partes distantes do corpo.

A maioria dos cânceres de pâncreas começa nas células que revestem os ductos do pâncreas. Assim sendo, esse tipo de câncer é chamado de adenocarcinoma pancreático ou câncer exócrino pancreático.

Com menos frequência, o câncer pode se formar nas células produtoras de hormônios ou nas células neuroendócrinas do pâncreas. Esses tipos de câncer são chamados de tumores neuroendócrinos pancreáticos, tumores de células das ilhotas ou câncer endócrino pancreático.

Leia também:

Tratamento dos tumores pancreáticos

O tratamento para o câncer de pâncreas depende do estágio do câncer. Ele tem dois objetivos: matar células cancerígenas e impedir a propagação da doença.

Neste sentido, podem servir de tratamento as seguintes medidas:

Complicações do câncer de pâncreas

À medida que o câncer de pâncreas progride, ele pode causar complicações como:

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