A dor pode ser prevenida e tratada. No primeiro caso, os AINEs (analgésicos não opióides ou não esteroidais) são os mais comumente usados com eficácia. O tratamento da dor pode ser específico, quando erradicamos a causa da dor, como acontece no caso do uso de antibióticos.
No entanto, temos que compreender que na terapêutica o que realmente serve é o tratamento da causa da dor e esse tratamento deve, se necessário, ser acompanhado do tratamento sintomático da mesma.
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Princípios gerais do tratamento da dor
Para um bom manejo terapêutico há necessidade de estarmos atentos aos seguintes princípios gerais:
- Identificar a intensidade (veja afigura 1) e a origem da dor,
- Tratar a dor ou eliminar a dor usando um fármaco específico,
- Iniciar um tratamento com analgésico menos potente e com poucos efeitos adversos,
- Se a dor é intensa temos que usar logo analgésico potente,
- Quando houver falha terapêutica teremos que usar a dose máxima do analgésico antes de substituirmos,
- Usar sempre a sequência da observada pela OMS: analgésicos não opióides, associações de opióides e não opióides e, por fim, opióides,
- Não usar placebo para diagnosticar dor psicogênica,
- Monitorar os efeitos adversos.
Quando o tratamento da dor for bem-feito o paciente responde e pode não apresentar os sintomas dentro de duas ou mais horas. Porém, se houver uma falha na terapia o tratamento deve ser bem avaliada antes que façamos qualquer tipo de alterações terapêuticas.
Necessidades da mudança do tratamento
Os pacientes podem procurar “fingir” ainda ter a dor para que sejam administrados medicamentos mais potentes; também há casos de precisarem injetáveis. Esses comportamentos podem estar associados a doença que ainda não está tratada ou mesmo a distúrbios de personalidade.
Muito além do que deixamos dito no parágrafo anterior, consideramos o agravo da doença ou aparecimento de complicações clínicas como fatores que contribuem para alterações da intensidade da dor.
Noutros casos podemos observar quando se entra em um procedimento cirúrgico sem a devida prevenção da dor, pensando-se que o tratamento da dor seria efetuado se necessário após ou durante a operação.
Em ambas situações pode estar incluída a negligência médica.