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Terbinafina: O Que é, Indicação, Doses eEfeitos Colaterais

yellow medication pill on persons hand

A terbinafina é um medicamento usado no tratamento de infecções fúngicas na pele, cabelo e unhas. Disponível em várias formas, como comprimidos de 250 mg e cremes, atua inibindo a síntese de ergosterol, essencial para a sobrevivência dos fungos. Sua administração pode ser oral ou tópica dependendo da gravidade da infecção. Com uma alta taxa de sucesso clínico e bem tolerada pelos pacientes, a terbinafina é uma opção versátil e conveniente para combater diversos tipos de fungos. Consulte um profissional de saúde para a dosagem e monitoramento adequados.

O Que é Terbinafina?

A terbinafina é um medicamento antifúngico amplamente utilizado no tratamento de diversas infecções fúngicas que afetam a pele, cabelo e unhas. Classificada como um antifúngico da classe das alilaminas, esta substância é conhecida por sua eficácia no combate a várias espécies de fungos, incluindo dermatófitos, fungos leveduriformes e fungos filamentosos. A terbinafina atua inibindo a síntese do ergosterol, um componente essencial da membrana celular dos fungos, o que resulta na interrupção do crescimento e na morte celular dos organismos patogênicos.

Disponível em várias formas de apresentação, a terbinafina pode ser encontrada tanto em comprimidos, para uso oral, quanto em cremes tópicos, além de soluções e pós para aplicação direta nas áreas afetadas. A via de administração depende da gravidade e localização da infecção fúngica. No caso de infecções mais superficiais e localizadas como aquelas encontradas na pele ou no cabelo, os cremes e soluções tópicas são preferidos. Já para infecções mais profundas ou disseminadas, incluindo onicomicoses resistentes, o uso da terbinafina em comprimidos é geralmente recomendado.

O tratamento com terbinafina é amplamente reconhecido por ser eficaz e bem tolerado, com uma alta taxa de sucesso clínico na erradicação das infecções fúngicas. É essencial seguir as orientações médicas para a dosagem e duração do tratamento a fim de garantir a efetividade e minimizar os possíveis efeitos adversos. A ampla disponibilidade da terbinafina, em diferentes formas de administração, torna o medicamento uma opção versátil e conveniente para pacientes que sofrem de infecções fúngicas. Em suma, a terbinafina é uma arma importante no arsenal dos tratamentos antifúngicos, oferecendo uma solução prática e eficiente contra uma variedade de infecções causadas por fungos.“`html

Mecanismo de Ação

O ponto central do mecanismo de ação da terbinafina é a inibição da enzima esqualeno epoxidase, essencial na rota biossintética do ergosterol. Ao bloquear esta enzima, a terbinafina impede a conversão do esqualeno em esqualeno epóxido, etapa crucial na formação de ergosterol. Como consequência, há um acúmulo de esqualeno no interior da célula fúngica, o que é tóxico para os fungos. Esta toxicidade, aliada à deficiência no ergosterol, resulta na morte dos micro-organismos responsáveis pelas infecções.

A terbinafina é altamente eficaz contra uma ampla gama de fungos dermatófitos, incluindo espécies do gênero Trichophyton e Epidermophyton floccosum. Além disso, ela exibe atividade contra certos fungos leveduriformes, trazendo uma ampla flexibilidade no tratamento de infecções fúngicas cutâneas e nas unhas. A sua aplicação tanto tópica quanto sistêmica permite atacar a infecção em diferentes camadas da pele e anexos, garantindo uma eliminação mais completa e prevenindo recidivas frequentes.

Em comparação com outros agentes antifúngicos, a terbinafina oferece uma vantagem significativa devido ao seu modo de ação específico e rápido. O bloqueio direto na rota do ergosterol não só elimina o fungo, mas também reduz a probabilidade de desenvolvimento de resistência, um problema crescente no uso prolongado de outras classes antifúngicas.

Farmacocinética da Terbinafina

A terbinafina é um agente antifúngico de ação sistêmica que exibe características farmacocinéticas distintas. Após a administração oral, a terbinafina é rapidamente absorvida no trato gastrointestinal. A biodisponibilidade relativa, entretanto, pode ser afetada pela presença de alimentos, mas isso não resulta em uma alteração clínica significativa.

Após a absorção, a terbinafina é amplamente distribuída nos tecidos corporais, alcançando altas concentrações nas áreas afetadas por infecções fúngicas, como pele, cabelo e unhas. Esta distribuição tecidual eficiente é crucial para sua eficácia terapêutica, especialmente no tratamento de micoses dermatológicas.

A metabolização da terbinafina ocorre predominantemente no fígado através do complexo de enzimas do citocromo P450. O processo de biotransformação resulta em vários metabólitos, que geralmente são inativos em termos de atividade antifúngica. Este metabolismo hepático é um aspecto importante a ser considerado em pacientes com insuficiência hepática, pois pode afetar a concentração plasmática da terbinafina e, consequentemente, sua eficácia e segurança.

A excreção da terbinafina e seus metabólitos ocorre principalmente através da urina. Uma pequena fração é também excretada pelas fezes. A meia-vida de eliminação final varia consideravelmente, refletindo a complexidade do processo de distribuição tecidual e eliminação. Em indivíduos com função renal comprometida, a taxa de eliminação pode ser reduzida, requerendo ajustes de dosagem apropriados.

Indicações Terapêuticas

A terbinafina é amplamente utilizada no tratamento de diversas infecções fúngicas. Entre as indicações mais comuns está a onicomicose, uma infecção fúngica das unhas que pode deformá-las e causar dor. A terbinafina atua de forma eficaz ao eliminar os fungos responsáveis, promovendo a regeneração saudável da unha.

Outra indicação frequente é a dermatofitose, uma infecção fúngica da pele provocada por dermatófitos. Com apresentações que variam de manchas escamosas a lesões inflamadas, a terbinafina é recomendada por sua capacidade de penetrar nas camadas mais profundas da pele, garantindo um tratamento adequado e uma rápida recuperação.

Para quem sofre de tinea pedis, popularmente conhecida como pé de atleta, a terbinafina é uma opção terapêutica valiosa. Esta condição afeta principalmente a pele entre os dedos dos pés, podendo causar coceira, queimação e rachaduras. A eficácia da terbinafina na eliminação dos fungos proporciona alívio rápido dos sintomas incômodos.

A tinea cruris, ou micose da virilha, é uma infecção comum que causa desconforto e irritação na região inguinal. Sua ocorrência é mais prevalente em ambientes quentes e úmidos. A terbinafina oferece uma solução terapêutica robusta, combatendo a infecção diretamente no local afetado e prevenindo recidivas.

Outra condição tratada pela terbinafina é a tinea corporis, micose do corpo, que pode se manifestar como manchas vermelhas e escamosas em qualquer parte do corpo. Esta infecção é especialmente prevalente em áreas tropicais e subtropicais. A terbinafina, ao ser administrada, auxilia na eliminação do fungo e na restauração da aparência normal da pele.

Em todos esses contextos clínicos, a terbinafina se destaca não apenas pela eficácia no combate aos fungos, mas também pela conveniência de administração e perfil de segurança, tornando-se uma escolha de confiança entre profissionais de saúde e pacientes.

Doses Recomendadas da terbinafina

A administração de terbinafina varia de acordo com a condição a ser tratada, a apresentação do medicamento e a faixa etária do paciente. Para adultos, a dose padrão de terbinafina oral geralmente é de 250 mg uma vez ao dia. Esta dose é comumente indicada para infecções fúngicas das unhas dos pés e das unhas das mãos, com a duração do tratamento sendo tipicamente de 12 semanas para as unhas dos pés e 6 semanas para as unhas das mãos.

Na apresentação tópica, a terbinafina é frequentemente utilizada no tratamento de infecções cutâneas, como tinea pedis (pé de atleta), tinea cruris (micose da virilha) e tinea corporis (micose do corpo). As aplicações tópicas devem ser feitas uma ou duas vezes ao dia, com a duração variando entre 1 a 2 semanas dependendo da gravidade da infecção.

Para o tratamento de infecções fúngicas em crianças maiores de 2 anos, a dose oral deve ser ajustada com base no peso corporal. Crianças com peso entre 10 e 20 kg recebem aproximadamente 62,5 mg uma vez ao dia; para aquelas entre 20 e 40 kg, a dose recomendada é de 125 mg diários; e para crianças com peso acima de 40 kg, a dose padroniza-se em 250 mg diários.

Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, é essencial ajustar a dose de terbinafina para evitar toxicidade. No caso de insuficiência renal, a dose de terbinafina deve ser reduzida em 50%, sendo ajustada para 125 mg diários. Já em casos de insuficiência hepática, o uso da terbinafina é contraindicado, dada a sua metabolização primária pelo fígado.

A correta adesão às doses recomendadas e à duração do tratamento é crítica para a eficácia do terapêutico com terbinafina, prevenindo a recorrência de infecções fúngicas e minimizando o risco de efeitos adversos. A consulta de um profissional de saúde para orientação específica e monitoramento durante o tratamento é altamente recomendada.

Contraindicações

O uso de terbinafina é contraindicado em várias situações específicas, que precisam ser observadas rigorosamente para garantir a segurança e a eficácia do tratamento. Primeiramente, indivíduos que demonstram hipersensibilidade conhecida à terbinafina ou a qualquer componente de sua formulação devem evitar este medicamento. A presença de reações alérgicas pode acarretar em complicações graves, como urticária, angioedema ou anafilaxia.

A insuficiência hepática severa também é uma contraindicação crítica. A terbinafina é metabolizada principalmente pelo fígado, e a presença de disfunções hepáticas significativas pode exacerbar a toxicidade do fármaco, levando a danos ainda maiores no fígado. Em pacientes com doenças hepáticas previas, um monitoramento rigoroso das enzimas hepáticas é essencial durante o tratamento.

Em relação às mulheres grávidas, a terbinafina só deve ser administrada se os benefícios superarem os riscos potenciais para o feto. Estudos em animais sugerem que a terbinafina, administrada em altas doses, pode causar toxicidade ao desenvolvimento fetal. Assim sendo, o uso do fármaco durante a gravidez é geralmente desaconselhado. Além disso, as lactantes devem evitar o uso de terbinafina, pois o medicamento é excretado no leite materno, o que pode representar riscos ao lactente.

A avaliação médica antes da prescrição de terbinafina é de extrema importância, pois ela permite a detecção de possíveis contraindicações e condições hepáticas existentes. Um histórico médico completo e exames laboratoriais adequados são vitais para garantir o uso seguro do medicamento. Um monitoramento contínuo durante o tratamento também é recomendado para identificar rapidamente quaisquer efeitos adversos e ajustar a terapia conforme necessário.

Efeitos Colaterais

A terbinafina, como qualquer outro medicamento, pode causar efeitos colaterais, que são divididos principalmente entre comuns e raros. Entre os efeitos colaterais mais comuns da terbinafina estão sintomas gastrointestinais, como náuseas, diarreia, dor abdominal e dispepsia. Esses sintomas tendem a ser leves e temporários, desaparecendo conforme o corpo se ajusta ao medicamento.

Outro efeito colateral comum é a cefaleia, que pode variar de leve a moderada. Pacientes também podem relatar sintomas relacionados ao sistema nervoso central, como tontura e distúrbios de paladar, incluindo perda temporária do paladar ou um gosto metálico na boca.

Entre os efeitos colaterais raros, mas graves, da terbinafina, destacam-se reações hepáticas severas, que podem incluir icterícia, hepatite e insuficiência hepática. Esses eventos são raros, mas exigem atenção médica imediata se sintomas como fadiga intensa, dor abdominal persistente ou coloração amarelada da pele e olhos forem observados.

Reações cutâneas severas também foram relatadas, embora raramente. Essas podem incluir erupções cutâneas, urticária, e em casos mais graves, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, condições que requerem interrupção imediata do tratamento e atendimento médico urgente.

Além disso, alterações hematológicas, como neutropenia, agranulocitose e trombocitopenia, são raramente associadas ao uso de terbinafina, mas necessitam de monitoramento cuidadoso durante o tratamento. O monitoramento regular da função hepática e exames de sangue são recomendados para identificar precocemente quaisquer anormalidades.

O acompanhamento médico é essencial para mitigar riscos e garantir a eficácia do tratamento com terbinafina, ajustando doses ou interrompendo o uso quando necessário para preservar a saúde do paciente.

Interações Medicamentosas

A terbinafina, como com outros medicamentos, apresenta interações que podem afetar tanto sua eficácia quanto sua toxicidade. Compreender essas interações é crucial para garantir um tratamento seguro e eficaz.

Medicamentos como a rifampicina, um potente indutor enzimático, podem reduzir a concentração plasmática de terbinafina, comprometendo sua eficácia antifúngica. Por outro lado, a cimetidina, um inibidor enzimático, pode aumentar os níveis de terbinafina no sangue, aumentando o risco de toxicidade.

Além disso, é fundamental estar atento às interações com antidepressivos, especialmente aqueles metabolizados pelo sistema hepático, como a fluoxetina e a paroxetina. Esses medicamentos podem aumentar os níveis de terbinafina no organismo, aumentando o risco de efeitos adversos.

Os anticoagulantes também merecem atenção especial. A terbinafina pode aumentar os efeitos dos anticoagulantes orais, como a varfarina, aumentando o risco de sangramento. Monitorar os níveis de coagulação durante o uso concomitante de terbinafina e anticoagulantes é essencial para prevenir complicações graves.

Outro grupo de medicamentos que pode ter sua ação alterada pela terbinafina são os ciclosporínicos. A terbinafina pode reduzir a concentração plasmática de ciclosporina, necessitando de ajustes na dose desse imunossupressor para evitar rejeições em pacientes transplantados.

Portanto, a coadministração de terbinafina com outros medicamentos requer uma avaliação cuidadosa e monitoramento adequado. Isso garante que as interações medicamentosas não comprometam o sucesso terapêutico, evitando eventos adversos e garantindo a segurança do paciente.

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