A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infecção dos órgãos reprodutivos de uma mulher, frequentemente causada por algumas bactérias responsáveis das doenças sexualmente transmissíveis (DST), como clamídia e gonorréia.
A DIP pode levar a formações de cicatriz com bandas fibrosas que se formam entre tecidos e órgãos. Este incluem vagina para o útero, trompas de falópio ou ovários.
Esta enfermidade é mais comum entre as mulheres de 15 a 29 anos.
A DIP pode ser aguda, com duração de até 30 dias , ou crônica, se durar mais de 30 dias. A doença inflamatória pélvica geralmente não causa sinais ou sintomas.
Isso, talvez, permita que a condição seja detectada muito tarde, quando a mulher tiver problemas para engravidar ou pelo desenvolvimento de uma dor pélvica crônica.
Sinais e sintomas
Os sintomas da doença inflamatória pélvica podem variar de leves a graves. No entanto, se ela não for tratada pode ter sérias consequências.
Os possíveis sintomas incluem :
- Uma possível dor grave, especialmente na região pélvica
- febre, as vezes com calafrios
- fadiga
- sangramento ou manchas entre os períodos
- menstruação irregular
- dor na região lombar e no reto
- dor ou sangramento durante a relação sexual
- corrimento vaginal invulgar
- micção diifícil ou dolorosa
- vômito
Às vezes os sintomas se assemelham aos de um quisto de ovário, apendicite, endometriose ou infecção do trato urinário.
Fatores de risco da doença inflamatória pélvica
Além de uma DST, alguns fatores de risco aumentam a probabilidade para o desenvolvimento da doença inflamatória pélvica. Estes podem ser:
- Parto ou aborto, se as bactérias entrarem na vagina. A infecção pode se espalhar mais facilmente se o colo do útero não estiver totalmente fechado.
- Um dispositivo intra-uterino (DIU), uma vez que ele é introduzido no útero, aumentendo as chances das infecções.
- Uma biópsia endometrial, durante a qual uma amostra de tecido é retirada para análise, aumenta o risco de infecções.
- A apendicite aumenta ligeiramente o risco, se a infecção se disseminar do apêndice para a pélvis.
Allém desses fatores de riscos, existem muita probabilidade de uma mulher ter a DIP se:
- for sexualmente ativa, com menos de 25 anos de idade
- tiver vários parceiros sexuais
- não usar contraceptivos
Causas da DIP
Diferentes tipos de microrganismos podem causar ou contribuir para o a doença inflamatória pélvica. Porém, incomumente, as bactérias podem entrar no trato reprodutivo sempre que a barreira normal criada pelo colo do útero for perturbada.
Os patógenos sexualmente transmissíveis Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae foram implicados em um terço a metade dos casos.
Porém, os microrganismos endógenos, incluindo organismos gram positivos e negativos anaeróbias e bastonetes gram aeróbico / facultativa positivos, negativos e cocos, encontrado em níveis elevados em mulheres com a vaginose bacteriana, também têm sido implicados na patogénese de DIP.
Recente dados sugerem que o Mycoplasma genitalium também pode desempenhar um papel naenfermidade e pode estar associado a sintomas mais leves.
Embora um estudo não conseguiu demonstrar um aumento significativo na DIP, após a detecção de M. genitalium no trato genital inferior.
Tratamento da doença inflamatória pélvica
Por causa da natureza polimicrobiana da DIP, regimes de tratamento com antibióticos de amplo espectro que fornecem cobertura adequada de patógenos prováveis são recomendados.
Geralmente, a combinação de dois antimicrobianos é adequada. Estes tratamentos podem durar até 14 dias, dependendo da gravidade da infecção.
Antibióticos para DIP incluem:
- cefoxitina
- metronidazol
- ceftriaxona
- doxiciclina
Se os antibióticos não fizerem diferença dentro de 3 dias, o paciente deve procurar ajuda adicional. Ela pode receber antibioticoterapia intravenosa ou uma mudança de medicação.
Nalguns casos, se houver uma situação de cicatrização das trompas de Falópio ou desenvolvimento de um abscesso pode ser necessário uma cirurgia.
Complicações
Doença inflamatória pélvica não tratada pode causar cicatrizes ou abscessos nas trompas de Falópio, que podem danificar os órgãos reprodutivos.
Outras complicações podem incluir:
- Gravidez ectópica. Isso acontece porque o tecido cicatricial da DIP impede que o óvulo fertilizado atravesse a trompa de Falópio para implantar no útero. As gravidezes ectópicas podem causar hemorragias graves e potencialmente fatais e requerem atenção médica de emergência.
- Infertilidade. Quanto mais vezes se contrai a DIP, maior o risco de infertilidade. Atraso no tratamento também aumenta drasticamente o risco de infertilidade.
- Dor pélvica crônica.